sábado, 31 de agosto de 2013





Entretanto Poesia


A poesia ferve

A poesia frita

A poesia vigora


A poesia diz Leia
Desanda, desvive
Desmorre
A poesia morre
A poesia vive
A poesia transforma
A poesia cultua tudo que é belo!


Patric Adler





Herdeiros do Fim do Mundo


Ouço gritos do abismo mundo

Das labaredas do fim do mundo

Das tabuas penetradas nas águas imundas

Ninho de homens em equilíbrio 

Na imundice da comida apodrecida!



Cospem em suas vitimas

Beijam o pé do patrão

Nós mortos vivos

Não vemos nossa grandeza



Nos arrastamos em doutrinas

Criadas para o controle das massas

Herdeiros do fim do mundo
Isso não é real

Além do corte, do gole, da morte
Que não pode logar fim
De toda essa impureza
Herdeiros do fim do mundo
Isso não pode ser real.

Patric Adler


"Eu navegando no mar de poesias
A poesia falada, furada, navegada
Naufragou ..."

Patric Adler


OS POMBOS
Vejam os pombos e filhotes de humanos
Pelas esquinas, comendo restos e migalhas
De vida.

Comendo o que lhes restam desta vida
Em trapos e farrapos jogados pelos buracos
Imundos e sujos, cuspidos pelo mundo

Nas calçadas e nas equinas
Já não nos resta vida ou família
Só vícios, dores e repressão

De nossa pátria amada que nos abortaram
Exploram, e dizem que somos o futuro da nação
Sem noção somos mandados para o extermínio

E continuem jogando as migalhas de pão pelo chão
Para os pombos, ratos e humanos, defecados
chamado de cidadão.

Patric Adler


Dor viva

Ah! Mas essa dor da vida que me devorá!
Poderia se curar com o passar do tempo
Mas o tempo me devorá mais e mais
Nas manhas cinzentas ela fica mais intensa
E ao anoitecer ela me traga
E aguardo que a vida me regurgite
Sem dor, Sem fome ou velhice!

Patric Adler





Promessas

Amanhece e olho para o horizonte
As nuvens escuras sussurram o meu nome...
--- Falsas promessas...


Jamais, jamais acreditamos

O que fica é consumido

A mentira só leva a mais mentiras



À ilusão vai de encontro com a nostalgia

À vida nos ensina

À vida nos dá a vida nos tira



A vida nos leva, a vida nos deixa

A tristeza vai, a angustia fica,

O amor que em mim residia desaparece



E a loucura bate em minha janela

Aparece como um raio de sol, que me acorda

E incomoda! Mas, livres, é como se deve ser


É o que queremos ser...
Mas a liberdade é com responsabilidade
A imortalidade é com os deuses
Ser mortal é o que resta aos homens

Patric Adler




O Vinho

Muito vinho tomei, quando ainda discursava
Sobre quem dormia, com quem dormia, e qual colo ali me sentava

Eu tomado de minha embriaguez estupida
Tentei vos curar da Luxuria
Fui par a o parque da cidade

Esfriar minha cabeça e me entregar ao diabo,
Mas, embora o parque leve nome de Santo,
 É consagrado o pênis e a vagina pelos cantos...

La incestuosos nascimentos
Vão Brotar da terra fértil acasalamentos, e a noite
Sob suas sobras e gemidos...
Estupros incestos serão cometidos.

Rochester & Patric Adler



Imundos

Somos todos imundos
De verdades mentirosas
Com amigos verdadeiramente interesseiros

Com promessas verdadeiramente falsas
Com filósofos hipócritas
Em nossas mentes

Que dizem a inverdade de se viver
Nos momentos, menos belos.
Eles inspiram e transpiram

A arrogância de um sonhador
Imundo de belezas existentes
Na hipocrisia do seu viver
Herdeiros do que não é real

Patric Adler


Igual

Meu ninho de libertinos
Meus bêbados empapuçados
Filhos de prostitutas

Bando de embriagados
Fornicam a vida
Os pombos aqui abrigados

Voam pelas portas e janelas
E rastejam pelos cantos com os olhos vidrados
Aguardando o meu vinho

Lutando por um pedaço de pão
Vivendo na vastidão das ruas
Na rua que te ensinam

Ela te dá e ao mesmo tempo lhe tira
Aqui não há paridade!
Tanto o rico como pobre

Um dia chegará essa familiaridade
Que somos todos iguais
Todos iguais mortos.

Patric Adler


O Sonho

O sonho acabou,
 Acordei e chorei todos os dias.
Noites Mal dormidas,
vidas destruídas,
Anomalia Mental das Madrugadas perdidas

Procurando respostas nas minhas noites de agonia
Quando eu acordei sentir que nada adiantou
eu ser formado ou ser doutor
Eu me degenerei...

 Me Trair e Me roubei,
 Me sentir um traidor,
Pois não  vivi meus sentimentos
e hoje minha vida só tenho tormentos
Enchi a cara de cachaça

Minha vida se tornou uma desgraça
E hoje é só tormento,
Em minha vida muitos amores utópicos, "tive!"
 Mas Vivi intensamente a mentira de um amor não correspondido,

de uma vida sem carinho
E hoje minha companheira me alucina,
Derruba-me e me enlouquece...
Beija-me com um gosto ardente

E me faz desmaiar em qualquer lugar ...
De beco em beco de buteco em buteco
Passeando nos subúrbios de minha vida eu padeço,
 O amanhã não importa o hoje é o que me exnoba!

Deus

“Quem criou a mentira
Quem criou a miséria
Quem criou a corrupção
A onde estar Deus
Quem criou a ganância
Quem criou a prostituição
Quem criou a fome
A onde estar Deus
Quem criou a guerra
Quem criou a morte
Quem criou este inferno
Para recriar o homem?
Para acabar com Deus?”
Ou para ser Deus!

Patric Adler


A Semente

Sei que nada sei da semente que plantei
 No jardim dos meus sonhos
Onde brotam Esperança e Rancor, Ódio e Amor...

Patric Adler

Cacos

Meu Coração é Angustiado
Por não saber os Mistérios que se passa
Nesse nosso coração despedaçado

Os Mistérios que envolvem sua vida
Me transformam num caco de um espelho quebrado
Onde só refletem doces caricias de teus lábios

Me Construo novamente em teus laços
Achando que nosso amor é muito mais
Que Deus nos dando seus abraços...

Me envolvo novamente em teus lábios molhados
Me deixando completamente desnorteado
Você é meu Vício consumado!


Patric Adler



O ESPELHO

NO REFLEXO DO ESPELHO
O SEU ROSTO NÃO RELUZ,
NÃO MOSTRA A TUA FACE
AQUI ESTOU EU

FRENTE A FRENTE COM OS MEUS PORQUÊS
E VOCÊ FRENTE A FRENTE COM VOCÊ
O QUE DIZ DE VOCÊ ESCOA NO PENSAMENTO
ESCOA NO AMOR SUBTO IMPREGNADO...

AMA-ME? 
DE FORMA ESDRUXULA! 
PARA DE ME SUFOCAR
COM A FACE
DE SEU ESPELHO.

Patric Adler